Jaboticaba Preta

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Uma mulher com coração de menina, tímida, extrovertida, corajosa, medrosa, criativa, sem noção, paciente, afobada, carinhosa, estúpida,entre outros adjetivos que surgem conforme o dia e a situação. Mas sou sempre filha, irmã, esposa e agora mãe!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Mudança de hábitos

Como é legal ver os ciscos nos 'zóio' dos outros e não enxergar a imensa tora nos nossos próprios olhos não é mesmo? hehe

Ontem fomos num coquetel de confraternização de novos funcionários que começaram a trabalhar na empresa do Jaboticabão e de despedida para os que estão saindo. Era a noite das famílias se re-encontrarem e se conhecerem. Noite perfeita para reparar nos costumes alheios hehehe

Como há várias nacionalidades, fica fácil, fácil perceber as etnias pelos grupos. O modo de falaram, se comportarem é característico de certos países. Uma senhora com 4 filhos pequenos, todos usando uma camiseta amarela(?) por cima das roupas, entrou no banheiro para limpar o nariz de seu filho de aproximadamente 3 anos,  cheio de catapora no rosto, e no colo um bebê de uns 5 meses. Ofereci ajuda e ela bruscamente respondeu que não e que conseguia se virar sozinha. Nem precisa dizer de onde vinha a delicadeza....

O serviço de buffet. Eu participei de muitos coquetéis no meu antigo trabalho lá na Holanda. O que mais detestava eram os comes e bebes oferecidos. Uma miséria. Era sempre bitterballen, pedaços de queijos, e potinhos de amendoim. E a quantidade era sempre na proporção 1 uma porção para 40 pessoas. Então ontem minha curiosidade era para saber como seria um coquetel belga.

A variedade dos canapés, salgadinhos era infinitamente maior que na Holanda. Porém a quantidade....Bom, depois do discurso de boas-vindas e de despedida, chegou a hora de saborear o coquetel. Como fomos com o Jaboticabinha a tiracolo, ficava difícil permanecer tanto tempo no salão. Eu fiquei do lado de fora justamente onde ficava a mesa com os comes. Faltava mais ou menos uns 15 minutos para o fim da cerimônia, um grupo de pessoas finas e educadas avançou à mesa dos comes (já fiz isso no Brasil!). Sem mentira. muitas delas enchiam 2 pratinhos CHEIOS dos salgadinhos (tb fazia, mas não com os salgadinhos, e sim com docinhos hehehe). E os pratinhos eram só para elas mesmas. Outras furavam a fila(como furei fila na vida...) assim que a cerimônia finalmente terminou.

Na hora eu pensava comigo. Esse povo não tem comida em casa?!? Quando finalmente alcancei a mesa, haviam poucos salgados e a moça que atendia o buffet estava se descabelando. Não havia o suficiente para todos os presentes. Ainda bem que o que consegui comer estava delicioso. No carro, jaboticabão horrorizado só falava do mau comportamento das pessoas e eu refletia de como eu mudei depois que sai do Brasil. Sim, confesso aqui diante de todos o que fazia lá na nossa terrinha era feio e que agora consigo me controlar hehehehe

E vocês, mudaram o jeito de se comportar depois que sairam do Brasil? ;)

2 comentários:

S. W disse...

hum... Jaboticaba, eu sempre achei feio esse "costume" brasileiro de atacar em festinha de aniversário e pedir pratinho pra todos os familiares que ficaram em casa, mas acho que hoje em dia acho ainda mais feio. Aqui eles evitam um pouco esse comportamento servindo cada um com porções iguais, como por exemplo quando você vai jantar na casa de alguém e eles servem o teu prato, eu achava isso muito feio, hoje acho que não me importo mais.

O que eu mais mudei é com visita sem avisar. Já escrevi sobre isso uma vez, acho que de extrema falta de educação aparecer na hora do almoço ou jantar sem avisar, ou até mesmo sem ligar para perguntar se você tem compromisso no fim de semana. Isso acontecia tanto na minha casa no Brasil. Estamos arrumados pra sair, chegava uma tia distante com a familia toda. Como dizer que você está saindo? Não diziamos, era óbvio, mas ela não iria embora porque tinha vindo de longe, então por que não ligar? Hoje morando aqui, minha intolerancia é ainda menor com isso do que antes.

beijao

Jaboticaba Preta disse...

Simone, a agenda é em 90% dos casos uma mão na roda.